domingo, 4 de setembro de 2011

Caduco


Prefiro ser o poeta de um mundo caduco
Pois o presente não passa de desilusões
E não cantarei o mundo presente
Apenas me lamentarei pelos meus companheiros
Estão frágeis, tetos de vidro expostos a chuvas de pedras
Decisões impensadas, a fuga da realidade
Mas o que é real? O beijo ou o copo de vodca?
O corpo quente ou o vento frio?
O amor já não justifica a lascívia
Apenas mais dois amantes sob a luz das estrelas
Tanto esperar, tanto esconder
Quando se tinha uma chance, não houve
E toda a adrenalina de um dia transformada em pranto
Apenais mais um chorando sob a luz das estrelas
Volte para casa, pequeno sonhador
Um carro tomado por sorrisos e juras de amor
Tão condenadas, mas real, como o ar morno do aquecedor
Duas estranhas, uma noite se contorcendo
Pela manhã, outras cápsulas azuis, 75 mg de alegria
Ou o fim, quando o vinho vira vinagre
Desculpe-me Drummond, o presente é ínfimo!

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