sábado, 4 de agosto de 2012

DE REPENTE


De repente dois olhares cruzam-se
E um sorriso surge no canto dos lábios
A música para naquele momento
Era fraca, a forte luz que agora ofusca

De repente um beijo é selado na madrugada
Ideias bagunçam em algum lugar por dentro
Abraços fortes, desejos vis de uma noite
Estava calmo, o furacão que agora se ergue

De repente correm para o escuro
Não mais dois, agora um só corpo
A unha arranha as costas, os pelos elevam-se
Ritmada e muda, agora descontrolada respiração

De repente, não mais que de repente [já disse o poeta]
Uma pegada forte, indo mais fundo
Era só um desejo, agora passado
Sozinho de novo, após o gozo 

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