quarta-feira, 6 de julho de 2011

Batatas

            Certa feita havia onze tribos rivais, que competiam por um lugar ao sol. Três seriam as eleitas. Não existiam meios para que todas sobrevivessem, era matar ou morrer. Mas não seria uma guerra armada, talvez com exceção de uma tribo blindada e uma uniformizada.
            Dois longos meses duraram o conflito: trabalho árduo, queremismo, desejo ardente por derrotar os inimigos um por um e, numa tarde ensolarada, estender ao sol sua bandeira. A guerra era cansativa. Havia intrigas internas, externas, prejuízos, dificuldades.
            Após o preparo, o teatro de operações estava armado. Claro, uma ou outra pequena batalha rompeu-se no calor dos preparativos, resolvidas rapidamente. O curioso era que o povo invasor seria o aliado. E a estratégia não era atacar o inimigo, senão agradar ao invasor.
            Cada tribo foi duramente invadida: eram questionadas, obrigadas a expor sua cultura, criticadas, elogiadas, e, conforme o objetivo inicial, foram eleitas. Cumpriu-se o objetivo. “Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas." [e a toda a humanidade as palmas por não entenderem um objetivo divergente da vitoria]

4 comentários:

  1. perfeito vieira, muito sinistro cara!
    "talvez com exceção de uma tribo blindada e uma uniformizada." - tinha uma camuflada também... hauhauha

    ResponderExcluir
  2. A camuflada estava uniformizada não?

    ResponderExcluir
  3. não, tinha uma com um uniforme xadrez - nada camuflado...

    ResponderExcluir
  4. ok! é q qdo eu vi estavam d terno ;p

    ResponderExcluir