quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

O VELHO E O MOÇO

Ele não costuma deixar as coisas certas
Complica o que puder ser complicado
É inteligente, mas prefere parecer tolo e bruto
Faz barulho, bate na mesa
Faz piada, ri do ar fúnebre
Mas só quer cumprir seu papel
Nossos papeis
Ingrato papel, triste papel, excelência para alguns e outros tão tão ruins
Assusta a todos para o bem de todos,
porque ele, no fundo, se importa
quer-nos fazer saber
não sei se os melhores, mas bons o suficiente

Ele deixa tudo parecer assim, como não o é fora dali
É vaidoso, sua imagem é tudo
Quando vem a nós, porém,
não sabe ser ele mesmo. É um personagem.
Mas sente-se bem, talvez inseguro
E por isso tenta ser o que ele não é
E bate, apenas porque pode bater, não pra ensinar
É aprendiz ainda... um aprendiz mais sábio, carrasco aprendiz mais sábio, burro aprendiz
Mas preocupa-se
Quer, também, o nosso bem

E nós? Vamos levando assim,
que o objetivo é o mesmo no fim
quando passar tudo isso, apenas um número e uma letra sobrarão.
[e, talvez só pelas porradas, um pouco de conhecimento]

PS. Baseado [não só] em um texto homônimo, do Eddie. [deveriasersilencio.blogspot.com.br]

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