segunda-feira, 13 de outubro de 2014

NÃO DITO

Há algo não vivo vivendo em meu peito
Expulsando essas palavras pelos olhos
Silencioso, calado e sem jeito
Mirando de dentro desses dentes falhos

Há algo não dito escrito em meus lábios
Ouvindo esses versos pelos pêlos
Gelado, vazio e mui inglório
Soando veneno em veios anômalos

É que quando vi o sol adormeci
E quando vi a lua despertei
Deitei c’as estrelas e sonhei

Alto, voando cada vez mais alto
E de repente num assalto
Ousei respirar, emudeci.

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